domingo, 14 de novembro de 2010

Quem sou...

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!

Florbela Espanca

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Gosto muito de ti

Francisco, tornaste-te numa estrelinha no céu.
Olha por nós.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sentir e Expressar

Nunca repeti um post mas neste momento acho necessário. Apliquei-o da primeira vez quando me referia a uma amiga, à melhor amiga. Hoje escrevo e penso numa pessoa especial.


Hoje chorei
Choro pouco mas quando o faço normalmente sinto-me melhor depois de o fazer
Mas hoje não
Hoje não chorei porque me fizeram mal
Hoje não chorei para esquecer
Hoje chorei porque gosto de ti.
Beijinhos

Just a simple meeting of the Minds


Relembro uma polaroid... Rebolo rapidamente para a sala dos Avids onde corro mentalmente por entre um livro e um filme. Escrevo e suspiro. Suspiro e escrevo. Volto à polaroid e rebolo de novo.

Volto a casa e resisto às pinturas em acrílico necessárias para um projecto com muito design.

Vejo um filme com vontade de ver outro. Desisto do primeiro e vou ao que interessa: filme repetido satisfaz-me.

Kusturika deixa-me feliz.
A Polaroid também.
E o meu pensamento de repente está na Ukbar.
Apenas porque me faz lembrar os momentos que lá vivi... Feliz.

Tenho saudades da minha Pandora. She can always make me smile!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Estou assim

Escrevi da última vez com uma fúria inexplicável. Senti-a durante algum tempo e por isso não voltei a escrever.
Queria voltar com a alma cheia! E aqui estou...
Aprendi com o tempo a não me entusiasmar demasiado com as relações, a ter calma com o crescimento dos sentimentos e, principalmente, a não ter pressa que as coisas aconteçam. Esta última só considero possível de o fazer quando acredito verdadeiramente que vai existir, que se vai tornar realidade.

Um dia destes vivi um sonho, outro dia repeti-o e foi ainda melhor, o mais perfeito de todos os sonhos.
Sonho agora todos os dias com aquilo que na verdade foi real.

Dou por mim a suspirar, espero ansiosa pelo momento em que te vou ver outra vez, e suspiro de felicidade.
Sou por natureza uma pessoa insatisfeita com a vida. Sempre me achei assim, sempre me achei eternamente assim, até te conhecer.
Fui feliz momentaneamente. E continuo a sê-lo. Porque cada momento em que penso em ti sorrio.
E é tão bom...

Beijinhos e dorme bem.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Atitudes

A maior parte das vezes as minhas atitudes não são as mais correctas. Tenho muito pouca falta de controlo, não consigo manter a calma e a explosão é instantânea. Mas muitas vezes essa minha fúria faz-me ver aquilo que está escondido nos outros, aquilo que eles escondem e enganam.
É certo que não me portei bem, disse coisas que não devia - mas sentia - só que manter a calma nem sempre é a melhor solução. Se não insistisses tanto em manter a calma talvez eu não me tivesse iludido tanto tempo em relação a ti. Não és quem eu pensava, não te conheço e melhor, não gosto de ti. Isso para mim é um alívio.
No fundo espero que sejas feliz. O que te disse apenas significava em fúria que nós realmente não temos nada a ver um com o outro. Eu sinto-me agora melhor sem ti e ainda melhor por te ter dito o que disse. Era o que merecias. Não aguentava mais que me tentasses fazer passar por estúpida. Odeio que me mintam e que me tentem enrolar com conversas. As coisas são o que são. Cada um tem a sua visão delas, mas são assim. E a verdade é que me senti enganada. E tu enganaste-me!
Espero que nunca venhas a ler isto, significa que ainda pensas em mim o suficiente para vires ler o meu blog e isso é triste, para ti.
Beijinhos e assim me despeço, mais uma vez.

sábado, 10 de abril de 2010

O República

«Tens a certeza de que queres combinar?»

«Tenho Madalena! Hoje às 20h no miradouro de São Pedro de Alcântara. Lá te espero…»

Quando fiz a pergunta não esperava uma resposta tão confiante. Naquele momento senti-me encorajada a conhecê-lo, embora o medo inundasse o meu espírito. Nunca havia estado numa situação como aquela, combinar um encontro com alguém que conhecera na internet era algo que sempre condenara e agora estava nessa posição.

A conversa tinha-se passado durante a tarde de trabalho, o que me dava cerca de 4 horas para me adaptar à ideia de que o encontro se ia definitivamente concretizar. Fui de lá directa para casa, onde me arranjei com pressa e saí. Teria que levar o carro para o encontro com o Afonso pois o local combinado ainda era longe.

A ideia de ir viver para Oeiras tinha sido do meu ex-marido e, desde que deixáramos de viver juntos que pensava em voltar a viver na cidade mas ainda não tinha encontrado nenhum espaço simpático para uma mulher divorciada e sozinha como eu. Lembrava-me agora de como havia sido difícil para mim a separação. Desde os 16 anos que namorávamos. Decidimos casar 10 anos mais tarde e os 10 seguintes levaram ao desentendimento. As tentativas falhadas de ter um filho foram a razão que encontrámos para culpar a nossa separação. Confiara apenas num homem em toda a minha vida, e essa confiança fora quebrada no momento em que ele encontrou outra pessoa que foi capaz de lhe dar aquilo que eu não consegui, uma família. Desde esse momento que não estava com ninguém e a vontade para novas aventuras não existia, até encontrar Afonso.

Cheguei ao miradouro e procurei-o. Já nos tínhamos visto diversas vezes durante as nossas conversas on-line. O seu aspecto limpo e organizado agradava-me e os seus cabelos e barba grisalha sempre aparados provocavam-me arrepios que naquele momento se tornaram mais reais quando os nossos olhos se cruzaram. O efeito que queria provocar com o vestido azul-turquesa da cor dos meus olhos, contrastando com o meu cabelo preto, verificava-se. Afonso parecia vidrado, o que me agradou.

Cumprimentámo-nos e seguimos em direcção ao restaurante que ele havia marcado. Parámos no caminho para observar a vista, o céu estava limpo e a lua magnífica. O momento parecia perfeito. Com o seu charme incessante, pediu para guardarem o meu casaco juntamente com a sua gabardine cor de caramelo. A sua elegância era constante. O jantar correu com primor e a conversa fluiu como se nos conhecêssemos de sempre.

Depois de um jantar interessante, pareceu até natural a proposta de irmos até um hotel. Chamava-se “O República”, não o conhecia mas existia para agradar os românticos repentinos. Entrava-se de carro, entrámos, pagava-se com o cartão de crédito, paguei pois ele havia deixado o seu no restaurante por engano, subia-se sem alguma vez se ser visto, e subimos. Partilhei com Afonso que me sentia como uma adolescente, e sentia. Ele confidenciou-me a mesma sensação. A paixão que existia virtualmente através de dois computadores parecia tornar-se possível. O amor aconteceu.

Mais tarde senti-me a acordar, mas estava errada. Vi-me deitada na cama do hotel, o sangue era demasiado para o conseguir focar. Afonso não estava, em vez dele uma multidão enorme rodeava aquilo que deixava a pouco e pouco de ser eu. Ainda consegui perceber a conversa entre polícias. Afonso era um serial killer que atacava através da internet mulheres divorciadas com alguma falta de atenção. Vítimas fáceis, ouvi. Nunca me julguei uma vítima, muito menos fácil. Nunca me imaginei assim, deitada. Nunca havia confiado antes. Depois destes pensamentos, nunca mais sofri.


Sofia Leite

sexta-feira, 26 de março de 2010

Escrever no blog atraves do telemovel

Tem um inconveniente. O meu telefone nao tem acentos nem cedilhas. Tentarei escrever o melhor que consigo.
As novas tecnologias permitem-me assim transmitir a qualquer momento os meus mais estranhos e confusos pensamentos. E neste momento nao podia sentir uma maior estranheza. A confusao foi-se. Tudo se tornou mais claro. Nao estou habituada a isto. Sinto-me CALMA, estavel.
Nao sinto pressa nem necessidade de perceber mais nada. Apetece-me viver. Aproveitar cada momento da minha vida. Apetece-me trabalhar e empenhar-me ao maximo em todos os meus projectos. Eh isso que vou fazer.
Para o resto tenho tempo e nenhuma pressa. Alias, nao quero mesmo pensar no resto. Quero sentir.
Beijinhos, Sofes.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Fim de um sonho

Hei-de conversar contigo sobre isto, se acontecer falarmos. Como não quero chatear-te hoje e tenho que o dizer, escrevo-o aqui.
Poucos dias sem te ver e falar contigo bastaram-me para perceber que gosto de ti. Gosto simplesmente, sem confusões nem complicações. Aliás, até gosto de gostar assim. Não podia ser mais perfeito o meu sentimento se não fosse o caso de não ser recíproco. E aqui podíamos andar a enganar-nos durante imenso tempo, tu a mim e tu a ti próprio. Para quê passar o tempo... A realidade é que eu preciso de muito mais do que aquilo que tu és capaz de me dar. Nunca o serás. Preciso de atenção, paciência, amizade e miminhos. Precisava que tivesses vontade de me dedicar o teu tempo, e não apenas de o passar comigo.
Magoa-me mais quando, por cada atitude tua, confirmo essa tua falta de sentimento em relação a mim. E eu gosto de ti. Quero continuar a gostar.
Sofro assim devagarinho e, tal como o sentimento, este sofrimento não vai parar...
É escusada aquela conversa de que secalhar, com o tempo, o sentimento surge. Não! Não é isso que quero para nós, para mim.
Queria que me adorasses, que tivesses vontade de passar cada minuto da tua vida comigo. E não me venhas dizer que é cedo demais para sentir essas coisas. Nunca é cedo. Se o fosses sentir, já tinha acontecido.
Não te condeno por isso. Só não gostas. Tal como eu só gosto.
Quase sempre tenho razão, espero que isto não seja uma excepção, mas é o que acho melhor.

Hoje a frase final resume tudo:

"Time after time I think "Oh Lord what's the use?"

Despeço-me deste sonho.
Beijinhos,
Sofes

quinta-feira, 18 de março de 2010

Fórmula de Despedida

Às vezes tudo à nossa volta chega a um fim e nós nem nos apercebemos de como isso aconteceu. Queria ter aprendido com isto, Mike, mas a única coisa que consigo é sentir saudades. Não aprendi a respeitar-te ou a respeitar-me mais. Não aprendi a não repetir aqueles erros. Pior, não aprendi a fórmula para te esquecer. A única coisa que queria era seguir com a minha vida. Não pensar em ti e não procurar defeitos nos outros para evitar que me pareçam melhores que tu. Porque na verdade não sou eu que não consigo esquecer-te, muito menos tu que te impões a isso. Eu não quero esquecer-te! Aquilo que senti era demasiado forte e demasiado verdadeiro.
O única coisa que gostava era de não ter feito asneira, de não ter estragado tudo com esta outra pessoa. Nada nunca foi perfeito,nunca me pareceu assim, nunca sonhei mais do que podia, apenas acreditei que aquilo que sentia, Mike, era o princípio do que vivi contigo.

E ainda acredito. Apesar de isso ser contra todas as leis de Murphy, ( tenho que investigar o que significa isto, lol ), aindA cRediTo qUe vais seR especial para mim, e eu para ti.
Pode não ser agora, neste momento. Afasto-te sem querer. SEM QUERER!
TENHO MEDO.
Não sabes, tu não sabes o que eu passei durante 7 anos a pensar nele. Agora a única coisa que consigo sentir de verdade é medo. E por muito que goste, a única coisa que consigo é provocar situações para que desistas de mim. O que queria mesmo era que gostasses de mim a gostar de ti.
Eu sou assim e estavA aqui paRa Ti. E continUo a estaR. Só isso.
Despeço-me do Miguel.
Queria ainda acreditar em ti.

Beijinhos. Isto hoje está triste.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sofrer Distante

Hoje chorei
Choro pouco mas quando o faço normalmente sinto-me melhor depois de o fazer
Mas hoje não
Hoje não chorei porque me fizeram mal
Hoje não chorei para esquecer
Hoje chorei porque gosto de ti.
Beijinhos

sábado, 6 de março de 2010

KIDS

You were a child
Crawling on your knees toward it
Making momma so proud,
But your voice is too loud

We like to watch you laughing,
You pick the insects off plants
No time to think of consequences

Control yourself
Take only what you need from it
A family of trees wanted
To be haunted

The water is warm
But it’s sending me shivers
A baby is born
Crying out for attention

The memories fade
Like looking through a fogged mirror
Decision to decisions are made
And not bought,
But I thought this wouldn’t hurt a lot.
I guess not

sexta-feira, 5 de março de 2010

Para ti!

Houve momentos em que me deixei ir abaixo por sentimentos mal resolvidos. Altura em que ainda não tinha com o que me ocupar ou preocupar. Agora o sentimento crescente e mal parado leva-me a querer investir noutras áreas: Trabalho.
De qualquer maneira preciso de respirar, inspirar... E para isso preciso de deitar fora tudo o que está guardado rancorosamente cá dentro. E agora cuidado!
Irritas-me, tanto que não consigo explicar. Apareces, vicias e garantes isso em continuidade com constante indiferença. Não é o que quero para mim, isso sei, mas também não é o que eu não quero. Queria-te a ti de outra maneira, mas esse teu "ser de outra maneira" parece só existir no meu mundo paralelo. Vi-te dessa forma, de vez em quando parece voltar, depois percebo ser apenas aquilo que eu quero ver e não a realidade.
Custa-me desistir de alguma coisa que ainda nem sequer existe, mas já não consigo entregar-me, apaixonar-me, viver com a hipótese de que pode resultar ou não. Não tenho capacidade para isso, não sem conseguir não sofrer. E de sofrer estou eu cansada.
Não te consigo explicar isto cara-a-cara, tu consegues sempre dar a volta a conversa de maneira a que não chegue a este ponto. Não te agrada, pode trazer um certo compromisso e disso pareces fugir. Eu também não vou insistir. Aquilo que deve acontecer, acontece.
Claro que não vai haver um dia em que eu não vá esperar com o meu coração encantado de criança que estejas à porta de minha casa para dizer que queres diferente. Mas também sei que isso é só um sonho. Só que isso ainda posso fazer. Sonhar.

De qualquer maneira está aqui a explicação, aquilo que não te vou dizer.
Gostava que fosse diferente, aquilo que sentia parecia verdadeiro e isso já não me lembro de sentir antes.

Um beijinho,

Sofia

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010