terça-feira, 29 de setembro de 2009

Vida

Quase sempre tenho a certeza. Desta vez enganei-me. Pela primeira vez, no bom sentido. Achei durante muito tempo que tinha que fugir ou arranjar alguma desculpa para evitar paixões. Afinal essa fuga ou as desculpas levaram-me a um acumular de paixonetas mal resolvidas que me deixam numa situação complicada.
Descobri hoje, depois da conversa de ontem, que o melhor a fazer é olhar de frente. Tinha medo, hoje olhei de frente e percebi que não existe a menor hipótese de me apaixonar de verdade. O que me agrada profundamente. Já não sou capaz de dizer que me apaixonei por alguém que mal conheço. Já não acredito nas paixões súbitas. Acreditei à uns meses e errei. Achei que isso seria possível de acontecer, mas na verdade só será se eu o permitir. E eu não quero.
Sinto-me cada vez mais fria, mais distante de tudo, mas ao mesmo tempo capaz de muito mais. Não sinto saudades. De ninguém. Posso dizer que tenho saudades, e tenho, mas dos momentos que passo com algumas pessoas. Isso sim, sinto. Mas não penso nisso no meu dia-a-dia. Não me lembro de sentir saudades se não me fizerem pensar no assunto. Se fosse obrigada a viver num mundo sozinha, iria sentir falta do barulho, do movimento, mas não de ninguém em concreto. Não é que não goste dos meus amigos, da minha família, das pessoas que me rodeiam. Pelo contrário, adoro. Mas acho que me transformei assim como defesa. Ao que me têm feito sofrer, ao que me têm obrigado a sentir. Há quem diga que uma pessoa não consegue ser feliz assim. Eu acho que consegue, depois de ter vivido da outra maneira. Tenho 24 anos. Sou tão nova para o que já senti. E ainda tenho tanto para demonstrar... Sinto que já sofri quase tudo o que tinha a sofrer, e que agora vou mostrar como se vive...

A minha conclusão...

You don't know


Beijinhos e Abracinhos.

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